Normalmente, quando as pessoas ouvem o conto da Cigarra e da Formiga, elas consideram a Formiga a única digna de mérito e a Cigarra uma vagabunda. Mas acredito que isso esteja errado. Certamente a Formiga merece mérito por ter trabalhado e colhido os frutos depois, mas aposto que o trabalho dela só foi suportável por conta da Cigarra, cuja cantoria foi o escape da Formiga. Sem música para a distrair, ela não teria conseguido trabalhar.
É nisso que se baseia a minha vontade na vida: seguindo profissão de cineasta, assim como a de qualquer artista, podemos chegar a pensar que não estamos fazendo nada em prol da sociedade. Não estamos ajudando em habitações, nem em alimentos, nem em avanços. Mas estamos proporcionando alegria e lazer às pessoas que fazem isso, dando um apoio moral aos trabalhos delas, fornecendo diversão e inspiração.
Espero que vocês, fiéis e imaginários leitores, concordem comigo: sem a arte, que graça teria a vida?
Amanhã começo a faculdade de Audiovisual: Cinema, Rádio e TV.